segunda-feira, 30 de abril de 2012

Curiosidades sobre o Sistema Respiratório


O soluço é resultado de uma contração involuntária do diafragma, um fino músculo que separa o tórax do abdómen e que, juntamente com os músculos intercostais externos, é responsável por controlar respiração. Os seus movimentos de contração e relaxamento permitem que inspiremos e expiremos o ar e são controlados pelo nervo frênico, situado logo acima do estômago. Os soluços  surgem a partir de uma irritação do nervo frênico, cujas causas podem ser diversas (distensão gástrica pela ingestão de bebidas com gás, deglutição de ar ou alimentação em grande volume; mudanças súbitas da temperatura de alimentos ingeridos; modificações da temperatura corporal, como sauna seguida de duche gelado; ingestão de bebidas alcoólicas; ou até mesmo gargalhadas). Quando ele fica sensibilizado, envia uma mensagem para o diafragma se contrair, o que dispara o soluço.O característico barulhinho do soluço surge quando glote se fecha subitamente (abertura superior da laringe, onde se localizam as cordas vocais), produzindo vibração nas cordas vocais.

 
Susto cura soluços? Porquê?
Sim, de fato quando levamos um susto, provocamos uma forte inspiração, levando a um aumento do volume de ar nos pulmões. Os pulmões pressionam o diafragma, fazendo com que ele se estique e volte a funcionar normalmente. Mas existem outras maneiras que também funcionam como tomar um copo de água com nariz tampado ou inspirar e manter o ar por alguns instantes.


Como acontece o refluxo da tosse?
Os brônquios e a traqueia são tao sensíveis, que quantidades mínimas de material estranho ou substâncias que causam irritação iniciam o reflexo da tosse. Impulsos nervosos aferentes passam das vias respiratórias ao bulbo (medula oblonga), onde uma sequência automática de eventos é disparada por circuitos neuronais locais, causando os seguintes efeitos:
  • inspiração de até 2,5 litros de ar;
  • fecho da epiglote e das cordas vocais para aprisionar o ar no interior dos pulmões;
  • contração forte dos músculos abdominais e dos músculos intercostais internos, empurrando o diafragma e provocando o aumento rápido de pressão nos pulmões (de 100 mmHg ou mais);
  • abertura súbita das cordas vocais e da epiglote e liberação do ar dos pulmões sob alta pressão.
Desta forma, o ar que é expelido de forma explosiva dos pulmões para o exterior move-se tão rapidamente que carrega consigo qualquer material estranho que esteja presente nos brônquios e na traqueia.




Como acontece o refluxo do espirro?
O reflexo do espirro é muito parecido com o reflexo da tosse, exceto pelo fato de se aplicar às vias nasais, ao invés das vias respiratórias inferiores: o estímulo que inicia o reflexo do espirro é a irritação das vias nasais. Impulsos aferentes passam do quinto par de nervo craniano ao bulbo, onde o reflexo é disparado. Uma série de reações semelhantes às do reflexo da tosse acontece, grandes quantidades de ar passam rapidamente pelo nariz, ajudando, assim, a limpar as vias nasais.
Sabia que:
  • o ar que sai das narinas durante o espirro atinge em média 150 Km/hora?
  • ao espirrarmos espalhamos aproximadamente 40 mil gotículas de saliva?
Pois é, por isto o espirro é uma excelente fonte de transmissão de doenças respiratórias.



Porque não conseguimos espirrar de olhos abertos?
Quando uma partícula estranha entra no corpo pelas vias nasais, estimula os recetores locais que, por meio do nervo trigémeo (que coordena os movimentos da face), avisam o tronco encefálico que é hora de entrar em ação.Ao receber a mensagem, o tronco encefálico reage imediatamente à invasão, gerando uma série de impulsos motores que contraem o abdómen, o tórax e o diafragma, até chegar ao nervo facial.Os reflexos que chegam ao nervo facial também desencadeiam movimentos para expulsar a partícula estranha. Essas contrações atingem diversos músculos da face, incluindo o músculo orbicular, que controla o abrir e o fechar dos olhos. Como resultado de todo esse esforço,  fechamos os olhos.



Fontes: http://www.afh.bio.br/curiosidades/curiosidades_fisiologicas.asp


Reflexão: Iniciámos há pouco tempo, nas aulas de ciências naturais, o sistema respiratório. Portanto decidimos colocar algumas curiosidades sobre o mesmo, pois são coisas que ocorrem diariamente e que nem nos apercebemos porquê que elas realmente acontecem, como os soluços que são uma reação involuntária do diafragma e que é algo muito vulgar, a tosse, e até porque motivo não é possível espirrarmos de olhos abertos, o que também é muitas vezes questionado. Logo, achámos que seria interessante sabermos melhor porquê que tudo isto acontece.

sábado, 21 de abril de 2012

Doenças Cardiovasculares



Aterosclerose
 
A forma mais típica da doença coronária deve-se à aterosclerose, que consiste na acumulação de gorduras (ateroma ou placa aterosclerótica) na parede dos vasos sanguíneos, o que dá origem à formação de placas gordas e fibrosas, com depósito de cálcio. Esta doença também se pode apresentar nas artérias do pescoço, das pernas e do abdómen, embora seja particularmente perigosa nas artérias cerebrais e coronárias.

Alguns fatores relacionados com o estilo de vida, como o tabagismo, uma alimentação rica em gorduras saturadas, aumentam o risco de se vir a sofrer de aterosclerose. A hipertensão arterial também é um fator que contribui para o desenvolvimento da doença.

O revestimento interior de um vaso sanguíneo pode ficar obstruído por placas gordas, que vão provocar o seu engrossamento e a perda de elasticidade da sua parede. A superfície destas placas pode desprender-se, que tem como consequência a coagulação do sangue sobre elas (formação de trombos), facto que contribui para a obstrução das artérias coronárias.

Esta obstrução pode limitar gravemente a capacidade do doente para realizar atividades físicas. Os doentes queixam-se também de dor no peito, que produz uma sensação de opressão e está localizada habitualmente no centro do tórax (angina de peito).

 



Enfarte do Miocárdio

O enfarte do miocárdio consiste na necrose isquémica de uma parte do músculo cardíaco; o mecanismo mais frequente é a oclusão de uma artéria coronária por um trombo.

Etiologia e a fisiopatologia
A lesão coronária inicial é a placa de ateroma que provoca, com o tempo, o estreitamento do lúmen arterial.
A placa pode ulcerar ou fissurar, constituindo o ponto de partida para a formação de uma trombose local. O coágulo vai ser portanto responsável pela oclusão.
Quando uma artéria está ocluída, a parte de miocárdio que ela vasculariza sofre de isquemia. As primeiras células miocárdicas começam a necrosar após 40 minutos de oclusão. Pode ficar uma certa percentagem de músculo vivo no território de um enfarte, ainda que a artéria seja ocluída, devido à presença possível de circulação colateral.
Em metade dos casos o enfarte inaugura a doença coronária; a outra metade é conhecida como portadora de angor, o que facilita o diagnóstico.

Sintomatologia
O sinal clínico essencial é a dor torácica.
A anamnese esclarece o modo de início:
  • brutal;
  • ou precedido de uma síndrome de ameaça;
  • esclarece além disso, nos antecedentes, a presença de angina de peito ou de enfarte de miocárdio.
A dor torácica é muito intensa, tipicamente retrosternal, podendo irradiar por todo o tórax, os maxilares, os ombros, os braços. Pode durar várias horas, resiste aos nitratos e acalma geralmente com analgésicos de maior potência.
É acompanhada de angústia, suores, náuseas, eructações mas, em caso de dor atípica, o diagnóstico pode ser difícil. 


Fontes: Atlas do Corpo Humano 6 tronco e tórax; Dicionário de Medicina para
Enfermagem; Youtube; Google imagens.

Reflexão: Esta semana decidimos falar um pouco sobre duas das doenças do sistema circulatório, uma vez que são das principais causas de morte. Assim, pensámos que seria interessante dar algumas informações, para conhecermos um pouco melhor estas doenças: a aterosclerose, que é acumulação de gordura nos vasos sanguíneos, e o enfarte do miocárdio que é o resultado de uma interrupção prolongada do fluxo sanguíneo numa parte do músculo cardíaco, originando carência de oxigénio e morte celular.


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Coração




As funções do coração são:

  • Gerar a pressão sanguínea. As contrações do coração geram a pressão sanguínea, que é responsável pela circulação do sangue nos vasos sanguíneos.
  • Dirigir a circulação sanguínea. O coração separa a circulação pulmonar da sistémica e assegura uma melhor oxigenação do sangue que chega aos tecidos.
  • Assegurar um fluxo unidirecional. As válvulas cardíacas asseguram um fluxo unidirecional do sangue através do coração e vasos sanguíneos.
  • Regular o aporte de sangue. As alterações, na frequência e na força da contração, adequam o aportem de sangue às variações das necessidades metabólicas dos tecidos durante o repouso, o exercício e as alterações posturais.

O coração adulto tem a forma de um cone truncado e as dimensões aproximadas de uma mão fechada. O vértice arredondado do cone recebe o nome de ápex, vértice ou região apical. A porção achatada do lado oposto é a base.

O coração está localizado na cavidade torácica, entre os pulmões. O coração, traqueia, esófago e as estruturas que lhes estão associadas formam uma zona mediana, denominada mediastino.

O coração é formado por duas metades que se encontram separadas por um septo, composto por uma parede muscular grossa. Cada uma destas metades divide-se, por sua vez, numa cavidade superior e noutra inferior, ou seja as aurículas e os ventrículos.

As duas cavidades do lado esquerdo do coração (aurícula e ventrículo esquerdos) são responsáveis pela receção do sangue oxigenado proveniente dos pulmões e de o bombear para o resto do organismo através da artéria aorta.


As duas cavidades do lado direito (aurícula e ventrículo direitos) são responsáveis pela receção do sangue relativamente desoxigenado proveniente do organismo e de o distribuir, através do tronco pulmonar, pelos pulmões, de modo a que se produza a troca gasosa. Estas duas redes circulatórias são denominadas circulação sistémica e circulação pulmonar, respetivamente. Trata-se de dois circuitos em paralelo, sem comunicação entre si, de modo que o sangue realiza alternadamente cada percurso, graças ao impulso proporcionado pelas contrações rítmicas do coração. O músculo cardíaco recebe uma irrigação sanguínea abundante das artérias coronárias, que se ramificam a partir da aorta. O sangue que irriga o coração regressa à aurícula direita através das veias cardíacas.

O coração tem também no seu interior quatro válvulas que garantem o fluxo sanguíneo numa só direção: das aurículas para os ventrículos e destes às artérias correspondentes. As duas válvulas auriculoventriculares estão situadas entre as aurículas e os ventrículos de cada lado do coração. Estas têm como função evitar o refluxo dos ventrículos para as aurículas durante a contração muscular. 


Reflexão: Como sabemos, o coração é um órgão bastante importante, pertencente ao sistema cardiorrespiratório, que tem como principal função fazer com que o sangue chegue a todas as partes do corpo.
Assim, achámos interessante que para iniciarmos o nosso blog, era importante conhecermos um pouco melhor este órgão, desde as suas funções, a sua constituição, a localização, entre outras informações.