sábado, 26 de maio de 2012

Incontinência Urinária

Incontinência Urinária
A incontinência urinária é a perda involuntária de urina. Não é uma doença, mas sim um sintoma que pode ser causado por uma vasta série de situações, tais como o parto, a diabetes, um AVC, a esclerose múltipla, a doença de Parkinson e algumas cirurgias. Mais comum entre as mulheres acima dos 50 anos, a incontinência pode também afetar os homens e as mulheres mais jovens.
Infelizmente, muitas pessoas não procuram tratamento por se sentirem embaraçadas ou por julgarem que a incontinência é parte normal do processo de envelhecimento. Não é verdade. A incontinência é tratável e, muitas vezes, curável.


CAUSAS

A idade traz várias alterações que afetam a capacidade de controlar a micção.
A capacidade da bexiga diminui, o fluxo de urina que passa pela uretra e sai pela bexiga abranda e há um declínio da capacidade de adiar a micção. Todas estas alterações aumentam o risco de incontinência.
Todavia, regra geral esta condição apenas ocorre quando existe uma causa adicional. Nas mulheres, a pele da vagina ou da uretra, que fica mais fina e desidratada após a menopausa, são factores comuns. Nos homens, a cirurgia à próstata ou a hipertrofia da glândula prostática podem contribuir para a situação. Os músculos pélvicos enfraquecidos, as infeções do aparelho urinário, a diabetes, níveis de cálcio anormalmente elevados, a obstipação e alguns medicamentos sujeitos ou não a receita médica podem também aumentar o risco de incontinência.
As mulheres grávidas também se encontram em risco, devido à pressão intra-abdominal exercida pelo feto sobre a bexiga.


PREVENÇÃO

Manter a tonicidade muscular e realizar exercícios dos músculos do períneo (também chamados exercícios de Kegel), que envolvem a contração e o relaxamento repetidos dos músculos pélvicos, podem revelar-se úteis em muitos casos, especialmente em mulheres que correm um risco elevado de incontinência após o parto. Outras formas de ajudar a evitar a incontinência incluem manter a regularidade dos movimentos intestinais, evitar o esforço para evacuar e urinar e beber uma quantidade de líquidos adequada, mas não excessiva (4 a 6 copos de 0,25 I por dia é o suficiente).
Eliminar ou reduzir o consumo de fármacos ou de outras substâncias que irritam a bexiga também será benéfico. Entre as substâncias mais comuns encontram-se o álcool, a cafeína, alguns descongestionantes nasais, inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA, um grupo de medicamentos para a pressão arterial), alguns fármacos antidepressivos e antipsicóticos, bloqueadores dos canais de cálcio, diuréticos, analgésicos e sedativos.


DIAGNÓSTICO

Para se determinar a causa da incontinência, será necessário proceder à análise da história clínica e a um exame médico. Para além disso, poderá ser pedido ao doente que inicie um «diário da bexiga», onde registe a frequência e a altura da micção, se perdeu o controlo e a quantidade aproximada de urina que foi perdida de cada vez.
Poderá ser levada a cabo urna série de exames para identificar a causa da incontinência de um doente. Estes poderão incluir um exame sumário de urina para excluir a possibilidade de infecção, um exame do resíduo urinário pós-miccional, para avaliar a quantidade de urina que permanece na bexiga após a micção, e um teste de stress urinário, em que se pede ao doente que fique de pé com a bexiga cheia e que tussa para que os médicos possam determinar a quantidade de urina perdida. Podem também ser realizados outros exames, como ecografias pélvicas ou abdominais, radiografias, cistoscopias (um exame à bexiga com um instrumento que é introduzido através da uretra) e avaliações urodinâmicas para medir a pressão e o fluxo da urina.


RECOMENDAÇÃO

Existem vários tipos de incontinência urinária:

Incontinência de esforço
Consiste na perda incontrolável de urina ao tossir, espirrar, levantar objectos pesados, saltar ou fazer qualquer movimento que aumente de súbito a pressão no interior do abdómen.
É comum entre mulheres jovens e de meia-idade e pode ser causada pelo enfraquecimento do esfíncter urinário, devido ao parto ou à cirurgia pélvica.

Incontinência de urgência
 Uma urgência súbita e intensa para urinar rapidamente, seguida da perda incontrolável de urina. Também chamada de bexiga hiperativa, a incontinência de urgência é muito comum entre os idosos e pode ser sinal de uma infeção nos rins ou na bexiga.

Incontinência por excesso
Uma perda constante de urina causada por uma bexiga excessivamente cheia. Esta situação ocorre com mais frequência nos homens e pode ser causada por algo que bloqueia o fluxo urinário, como uma hipertrofia da glândula prostática ou um tumor. Pode também ser causada pela diabetes e por certos medicamentos.

Incontinência funcional
Perda de urina que resulta da incapacidade de chegar à casa de banho. As razões mais comuns para isto são as situações que causam imobilidade, como um AVC, a artrite grave, a demência e a depressão profunda, ou outros distúrbios emocionais. Incontinência mista Implica mais do que um tipo de incontinência.

O tipo de incontinência mista mais comum ocorre nas mulheres mais velhas, que muitas vezes sofrem de incontinências de urgência e de esforço.


TRATAMENTOS
Os tratamentos da incontinência urinária dependem da causa.

Ligação mente-corpo.
O esvaziamento planeado da bexiga implica a micção deliberada a intervalos regulares. O objectivo é estabelecer especificamente, e, com o tempo, aumentar, o intervalo entre cada micção. De certa forma, significa acertar a bexiga como se se tratasse de um relógio.

Medicação.
Podem ser receitados fármacos que aumentam a tonicidade do esfíncter urinário, incluindo estrogénio, bloqueadores alfa-adrenérgicos e bloqueadores beta-adrenérgicos. Outros medicamentos potencialmente úteis incluem os que relaxam os músculos e impedem os espasmos da bexiga, como o cloreto de oxibutinina e o tartarato de tolterodina. Também poderá ser utilizado cloridrato de imipramina, um antidepressivo tricíclico que relaxa o músculo da bexiga e comprime os músculos da uretra. Recentemente verificou-se que a terapêutica de substituição com estrogénio, utilizada no passado, aumenta, ao invés de diminuir, o risco de desenvolvimento da incontinência.

Injecções.
Poderá ser injectado colagénio nos tecidos em redor do colo vesical e da uretra para adicionar volume e fechar a abertura da bexiga.

Cirurgia.
Os casos mais graves de incontinência podem, por vezes, ser corrigidos através do recurso a várias técnicas cirúrgicas para corrigir anomalias.


FACTORES DE RISCO:
  • Substâncias irritantes da bexiga
  • Mulheres acima dos 50 anos
  • Alterações estruturais no aparelho urinário
  • Diabetes
  • Ansiedade
  • Obstipação
  • Alguns medicamentos
  • Gravidez
  • Partos difíceis/traumáticos


Reflexão: Iniciámos nas aulas de ciências o sistema urinário, e um dos assuntos tratados foram as doenças deste mesmo sistema, como por exemplo os cálculos renais, insuficiência renal, entre outras. Assim, decidimos continuar este tema, falando de alguns aspetos da incontinência urinária, que é também muito comum e que afeta muitas pessoas, sobretudo mulheres.

2 comentários:

  1. Este é um problema relacionado com o sistema urinário, que afeta as pessoas com uma idade acima dos 50 anos. É um problema que afeta muitas pessoas e daí ser importante estar informado acerca dela. Bom trabalho!

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  2. Achámos muito interessante a abordagem neste assunto, pois afeta, principalmente, pessoas com idades acima dos 50 anos. Estava de uma forma organizada.

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